Tapiraí, SP
O Sítio Aya trata-se de um complexo holístico de cura, focado na consagração da medicina da Ayahuasca. O complexo conta com recepção, restaurante com módulo de sanitários à parte, redário e o salão principal. Todo o complexo é cercado por uma fauna e flora exuberantes, reforçando a importância do contato com a natureza para para a compreensão e regeneração do ser interior.
A recepção nasceu da revitalização de uma antiga estrutura do sítio, preservando e ressignificando o que já existia. Os pilares de eucalipto, embora danificados, foram restaurados para manter a essência do local. Novas aberturas foram criadas na fachada, promovendo fluidez espacial e aproveitando ao máximo a luz natural.
A recepção nasceu da revitalização de uma antiga estrutura do sítio, preservando e ressignificando o que já existia. Os pilares de eucalipto, embora danificados, foram restaurados para manter a essência do local. Novas aberturas foram criadas na fachada, promovendo fluidez espacial e aproveitando ao máximo a luz natural.
Na varanda, uma cobertura de telhas translúcidas potencializa a conexão entre interior e exterior. No ambiente interno, uma lareira acolhedora transforma a recepção em um espaço convidativo e caloroso. A parede dos fundos, revestida com reboco natural e cipós, faz uma referência poética ao Jagube, cipó sagrado utilizado na preparação do chá de Ayahuasca.
O restaurante foi resultado da reforma e ampliação de uma antiga casa, mantendo a memória do local enquanto o adaptava para um novo uso. O interior da casa tornou-se a cozinha e a despensa, enquanto uma nova estrutura de madeira, coberta com vidro e forro de bambu, deu forma ao salão principal, que integra-se perfeitamente à área de expedição da cozinha, criando um espaço dinâmico e funcional.
Ao redor, um jardim em níveis cria uma imponente arquibancada natural, conectando o restaurante ao redário e oferecendo uma experiência sensorial única.
O módulo dos sanitários foi projetado para atender tanto o restaurante quanto o redário, aproveitando a laje de uma construção pré-existente. A estrutura foi concebida para dialogar com a paisagem, utilizando pilares de bambu que sustentam uma cobertura translúcida com forro de palha. Um delicado jardim emoldura os lavatórios, enquanto bambus finos criam uma barreira visual com sofisticação e leveza, assegurando a privacidade dos usuários.
No redário, a integração com a natureza foi essencial. Aproveitando outra laje existente, o espaço foi transformado em um refúgio de descanso e conexão. Os pilares de bambu sustentam uma cobertura translúcida com forro de palha em formato de folha, remetendo à Chacrona, árvore cujas folhas são fundamentais no preparo do chá de Ayahuasca.
O coração do projeto, o Salão Aya, foi concebido para acolher rituais de Ayahuasca e atividades como yoga e workshops. Sua estrutura de bambu é formada por oito pétalas em forma de folha, representando a Chacrona, que envolve os participantes em um abraço simbólico. Este útero de meditação une introspecção e conexão com a mata ao redor, graças aos portais de vidro que fundem o espaço com luz natural e vistas do exterior. Internamente, as paredes foram construídas com pau-a-pique e calficite, enquanto a cobertura externa recebeu telhas shingle, conferindo resistência e elegância.
Ao lado do Salão Aya, módulos individuais de banheiros e chuveiros oferecem privacidade para os momentos de limpeza física, preservando a integração com o ambiente natural. Estruturas de telha translúcida e paredes de bambu complementam a linguagem arquitetônica do local.
Este projeto é uma celebração da harmonia entre arquitetura e natureza, onde cada detalhe foi pensado para respeitar e enaltecer o entorno, criando espaços que acolhem e inspiram.
